quarta-feira, janeiro 30, 2013

Ministro da Pesca pede que prefeitos incentivem produção de peixe em seus municípios

Foto: Assis Ramalho
Nesta quarta-feira (30), o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, pediu o empenho dos prefeitos para que o Brasil deixe de ser um pequeno produtor de pescado e passe a competir com países onde o peixe é a principal carne exportada. Segundo Crivella, o peixe é, em todo o mundo, o maior produto do agronegócio.

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Crivella falou aos dirigentes municipais durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, que começou segunda-feira (28) e termina nesta quarta-feira, em Brasília. Aberto pela presidenta Dilma Rousseff, o evento é organizado pelo governo federal e tem como objetivo apresentar aos novos gestores os programas que têm reflexo direto nas prefeituras.

Na parte dedicada aos assuntos da aquicultura, o ministro Crivella disse aos prefeitos que as carnes de porco, boi e frango somam 50% da produção mundial, ficando o restante com a produção de peixes. Para o ministro, o Brasil precisa sair da produção anual de 1,2 milhão de toneladas, chegando em 2014 a 2 milhões de toneladas.

Crivella disse que a baixa produção no país é injustificável, porque o Brasil tem as maiores reservas de água doce do planeta. “A Rússia, que conta com menos da metade desse potencial, produz mais que o Brasil", disse o ministro.

O consumo de pescado no país também é baixo, lembrou Crivella, alcançando 9 quilos por ano por habitante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo anual de 13,5 quilos por habitante, por ser a carne mais saudável.

"As possibilidades de aumento de produção no país são muitas", segundo o ministro. "Temos 1 mil hidrelétricas e 200 grandes lagos, onde pode se desenvolver bastante o potencial de produção, sendo possível lançar mão também de criadouros em tanques, na área da agricultura familiar".

Ao lembrar que o setor pesqueiro conta com crédito a juros baixos, ele pediu que as prefeituras municipais cedessem terrenos para criação vilas de pescadores, uma vez que grande contingente deles vivem em palhoças.
Agência Brasil

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