sexta-feira, dezembro 14, 2012

Em 2014, Pernambuco vai ter mapa geográfico da desertificação

Em 2014, Pernambuco terá o mapa geográfico da desertificação, um estudo que vai nortear ações mais precisas de prevenção e mitigação aos efeitos da seca. Graças à liberação de R$ 600 mil pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o projeto, de autoria da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas) e Embrapa Semiárido, vai viabilizar o zoneamento das áreas mais vulneráveis ao fenômeno na porção semiárida, região que abrange 122 municípios pernambucanos. O anúncio da liberação dos recursos foi feita durante o Fórum Caatinga Sustentável, que a Semas promoveu em Triunfo (Sertão do Pajeú) esta semana (11 e 12/12).

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Com previsão de estar concluído em 18 meses, o estudo será desenvolvido por técnicos da Semas, Embrapa Semiárido e Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Univasf, entre outros órgãos. Em seu primeiro ano, além de produzir imagens por satélite, irá mapear os tipos de solos e de cobertura vegetal, bem como incorporar informações socioeconômicas e a caracterização climática dos 122 municípios, e ainda os vários usos das terras feitos nessas cidades. O cronograma de atividades vai incluir visitas mensais, capacitações e workshops nos locais.

"Esperamos gerar indicativos ambientais, sociais e econômicos para subsidiar as futuras ações no semiárido, e assim permitir que o Governo do Estado possa atuar com maior precisão nas áreas atingidas””, adiantou o secretário executivo da Semas, Hélvio Polito, que abriu o Fórum em Triunfo. Mais especificamente, as informações geradas vão nortear as ações do Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-PE) , responsável pela solicitação do estudo, que receberá R$ 540 mil da Sudene e R$ 60 mil do Tesouro Estadual.

Em sua fase de execução, o trabalho será ancorado dentro do programa Caatinga Sustentável, que o Governo do Estado lançou em abril, consistindo na implantação de módulos de manejo sustentável da agrobiodiversidade no entorno das áreas protegidas do bioma, tendo como meta o combate à desertificação no Semiárido. O programa vai trabalhar a segurança hídrica (implantação de cisternas de placa, por exemplo), a segurança alimentar (atividades produtivas como caprinocultura, apicultura, avicultura, conforme o potencial e cultura de cada área), a segurança energética (fogões ecológicos), e também o saneamento ambiental, em comunidades de 19 municípios do Agreste e Sertão onde ficam essas florestas de Caatinga. Serão destinados cerca de R$ 2,7 milhões para essas ações, a maior parte do Fundo Clima.

FÓRUM – E foi para selecionar as comunidades a serem beneficiadas, e definir as atividades em cada localidade, que a Semas promoveu o Fórum Caatinga Sustentável no SESC Triunfo. Reuniram-se nesta terça e quarta-feira representantes de 13 municípios do Agreste e Sertão (Serra Talhada, Floresta, Parnamirim, Santa Maria da Boa Vista, Triunfo, Serrita, Carnaíba, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, São José do Belmonte, Tacaratu, Afrânio e São Caetano), entre gestores e técnicos federais (Ministério do Meio Ambiente, Embrapa, ICMBio), estadual (Semas) e municipais, membros de sindicatos rurais, ongs e instituições acadêmicas.

"Os resultados do Fórum superaram todas as nossas expectativas, principalmente devido à interação entre os participantes, e os compromissos firmados. Foram selecionadas 13 comunidades, uma de cada município que enviou representante. O próximo passo será visitarmos esses locais para definir o início das atividades”, concluiu o coordenador do evento, Sérgio Mendonça, que é gestor do Programa do Semiárido Caatinga e Combate à Desertificação da Semas.

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco

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