O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Servidores Públicos de Penedo – Sindspen e foi marcado por diversas denúncias de cunho ambiental. Um dos primeiros pescadores a se colocar foi o representante da colônia de pesca Z220, do município de Pão de Açúcar, Genevaldo Bezerra: “ O pescador está perdendo o espaço dele no rio São Francisco para o predador, aquele que pesca com arpão e outras armas ”, disse, lembrando que os pescadores de sua região têm medo de denunciar aos órgãos ambientais temendo reações violentas.
Segundo Bezerra, até mesmo a esperança surgida a partir da barragem de Xingó, entre os estados de Alagoas e Sergipe, acabou resultando em frustração para os pescadores: “A Chesf disse que iria repovoar o rio e criou o Instituto Xingó com essa finalidade. Disseram que cerca de R$1 milhão seria liberado para o repovoamento. O que aconteceu? Não teve repovoamento; acabaram com o próprio instituto”.
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Outro pescador, Alfredo Fernandes, da colônia de Pesca Z212, do município de Penedo, questionou se o Programa de Revitalização do Ministério do Meio Ambiente dará atenção aos pescadores do São Francisco. “Precisamos ter essa posição para saber se a situação que estamos vivendo terá condições de melhorar”, disse, relatando as dificuldades que enfrenta em sua região por conta do assoreamento do rio e a poluição.
Ao final do encontro, o secretário José Maciel Oliveira prometeu articular uma reunião com o Ibama, Ministério Público, Ministério da Pesca e outros órgãos com influência sobre o rio para relatar as denúncias e pedir providências de fiscalização sobre a pesca predatória e outras ocorrências que afetam a pesca no São Francisco. A reunião deverá acontecer na própria cidade de Penedo, com presença das lideranças dos pescadores.
Participaram da reunião os representantes das seguintes colônias de pesca: Z212 (Penedo); Z219 (Piaçabuçu); Z220 (Pão de Açucar); Z230 (Piranhas); Z230A (Jaramataia); Z226 (Delmiro Gouveia) e Z227 (Peba).
Assessoria de Comunicação do CBHSF
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