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| Capa do Jornal Gazeta Regional nº 70 (clique na imagem para ampliar) |
Neste domingo (21) reproduzimos o número 70 do extinto Jornal Gazeta Regional (originalmente denominado Jornal Gazeta Esportiva), publicado em fevereiro/2004, impresso idealizado por Assis Ramalho e Pedro dos Santos, que circulou em Petrolândia entre os anos de 2002 e 2004.
O maior destaque da edição foi a entrevista do então prefeito de Petrolândia, Dr. Antonio Marcos, para a coluna de Assis Ramalho, A Verdade no Esporte. Outros destaques: a programação do carnaval na orla de Petrolândia e a morte de 1 milhão de tilápias em Paulo Afonso (BA), por descuido da empresa produtora do pescado.
Para ler todas as páginas do Jornal Gazeta Regional nº 70 (Fev/04), clique no atalho abaixo:
Para ler a entrevista na íntegra do então prefeito Dr. Marcos, concedida a Assis Ramalho em 2004, clique em "mais informações" abaixo.
No dia 31 de janeiro, tivemos a grande final do 2º Torneio de Verão da Eletroléo, patrocinado pelo empresário Luciano Cavalcante, no qual o time de futsal do Grêmio Canoas sagrou-se campeão, ao vencer o time da A.P.F. por 4x0, com gols de Jone, Decinho e Darley (2 gols). O Grêmio Canoas foi campeão com Pedroso, Erisvan, Júnior Caré, Bony, Juarez Patriota, Poleque, Decinho, Jone, Darley, Fausto e Néo. Técnico: Naldinho Cancão. Presidente: Luciano Canoas
O jogo teve a transmissão ao vivo da rádio Petro FM, com a narração de Pedro dos Santos e comentários de Assis Ramalho.
Ao final do jogo, eu entrevistei o prefeito Dr. Marcos, que esteve presente ao evento:
Assis Ramalho: Dr. Marcos, hoje tivemos o final da copa Eletroléo, patrocinado pelo empresário Luciano Cavalcante, mas a temporada 2004 está apenas começando. Tem como Dr. Marcos dar um apoio maior este ano ao esporte amador?
Dr. Marcos: Claro. Eu entendo que o esporte é fundamental para o desenvolvimento da sociedade. O esporte não é só lazer, ele não é só saúde, mas o esporte está relacionado com o desenvolvimento da sociedade de uma forma geral. É compromisso do município, eu entendo assim. É compromisso da prefeitura incentivar e procurar, a cada dia, melhorar o esporte. Inclusive, eu já convoquei a equipe que trabalha com essa área de esporte, para que eles façam um relatório geral, entre todas as atividades que a gente irá desenvolver esse ano e eu estou aguardando. E eu aproveito aqui para convidar vocês, que apesar de não serem funcionários da Prefeitura, são pessoas muito importantes, e que querem desenvolver o esporte de Petrolândia e a gente tem que fazer uma parceira para desenvolver o esporte neste ano de 2004.
Assis Ramalho: Algum diretor do Grêmio já chegou até você para pedir apoio, visando a participação no Campeonato Pernambucano da 2a. divisão?
Dr. Marcos: Não. Realmente eu não tive nenhuma oportunidade de me sentar com nenhum componente da diretoria do Grêmio. Mas eu acredito que nós ainda iremos ter essa oportunidade de nos sentarmos e discutir, porque é importante a gente ver o que pode ser feito pelo Grêmio. inclusive, eu tive uma oportunidade de, quando eu morava no Recife, acompanhar todas partidas que o Grêmio fez, quando ele jogou na Região Metropolitana e lembro que uma vez o médico do Grêmio faltou. E nesse dia eu estava de plantão, quando eu recebi um telefonema de Júnior Caré e seu Amarinho, pedindo pelo amor de Deus que eu fosse. Era um jogo contra o Cabense, e eu imediatamente arrumei um colega pra tirar meu plantão médico e eu fui. Lembro que era um dia chuvoso, mas, graças a Deus, o Grêmio venceu.
Assis Ramalho: Eu vou fazer um apelo pessoal aqui. Esse apelo que eu faço é que você olhe com mais carinho para o esporte amador, que é dirigido por pessoas pobres, que com certeza irão precisar do apoio do prefeito Dr. Marcos. Vai ser possível isso?
Dr. Marcos: OK. A gente realmente tem que ver tudo isso. A gente entende a situação precária nesse sentido, até porque o que se tem, aqui no nosso município, em termos de esporte, é muito dependente, ou de alguma iniciativa própria, de pessoas que não têm recursos para investir, ou da iniciativa municipal. Mas infelizmente o município às vezes esbarra em uma lei de responsabilidade fiscal, e o gestor público não pode investir sem que fosse respaldado na lei, e inclusive os municípios brasileiros, não só Petrolândia - porque Petrolândia até que tem uma situação privilegiada em relação a outros -, mas os municípios do Brasil estão em uma situação difícil em relação à receita municipal, porque eu lhe digo com toda sinceridade, e não tenho medo de dizer isso, porque esta aí nos jornais e em qualquer meio de comunicação. Mas agente entende que o esporte é um meio de você trabalhar os jovens, para dar lazer, para desenvolver a cidade culturalmente, diminuir o índice de drogas na juventude. O município, a partir deste ano (2004), passa a assumir a rede de 5ª a 8ª série, e em futuro bem próximo, o município vai assumir a educação de 1ª a 8ª série, e nós vamos ter condições de desenvolver mais o esporte nesta fase de adolescência. E a gente tem muitos projetos para serem realizados. Vamos nos sentar, vamos conversar e ver como é que a gente pode dizer que não pode, sem explicar o porquê. Eu acho que a gente pode se sentar como cavalheiros, como pessoas da mesma cidade, pessoas que gostam de Petrolândia, e discutir as possibilidades e os meios que nós vamos utilizar para realizar o que nós desejamos para melhorar o esporte da nossa cidade. E com certeza eu não vou deixar os times amadores na mão. O que tiver ao nosso alcance, eu estou disposto a cooperar.
Assis Ramalho: Todos nós sabemos que o Estádio "O Galegão" é a nossa principal praça de esportes, mas, na minha opinião, nós temos ali o campo da Vila dos Pescadores, que tem tudo para ser outra grande praça de esportes. A dimensão é boa, fica localiza na beira do rio São Francisco, está faltando apenas gramar e fazer um lance de arquibancada, e eu gostaria que Dr. Marcos olhasse com carinho para esse detalhe, tá bom?
Dr. Marcos: Exato. Eu acho que eu tenho um carinho especial pelo pessoa da Vila dos Pescadores e eu posso dizer isso porque eu acompanhei a transição deles para aquela localidade. E claro que, existindo essa possibilidade, a gente pode olhar e pode investir, e eu espero que isso esteja dentro do relatório que eu pedi ao Departamento de Esportes me apresentasse este mês.
Assis Ramalho: É verdade que existe um projeto para que seja concluído o outro lado das arquibancadas do Estádio "O Galegão"?
Dr. Marcos: É verdade. Porque a conclusão de uma parte das arquibancadas foi apenas uma etapa e, inclusive, eu já recebi reclamações de torcedores que, durante o jogo em fim de tarde, eles não conseguem assistir em virtude do reflexo do sol. Então é importante a conclusão das arquibancadas do outro lado do Estádio "O Galegão".
Assis Ramalho: Nós gostaríamos de reunir todos os desportistas da cidade pra discutirmos todas as modalidades esportivas de nossa região em uma mesa redonda. Dr. Marcos nos daria o prazer de participar desta mesa redonda?
Dr. Marcos: Claro. Eu entendo que é muito importante a participação de pessoas que entendem de esportes como vocês, como Assis, como todos os diretores dos clubes e ligas da nossa cidade.Então, nada mais justo do que, quando você for discutir o destino do nosso esporte, que você convoque essas pessoas, porque elas também têm um poder de decisão. Então eu acho importantíssimo que haja porque você abre o leque para uma participação e até divide responsabilidade com os outros.
Assis Ramalho: Qual o time que Dr. Marcos torcia na velha cidade?
Dr. Marcos: Eu torcia pelo Independente. Eu e meu amigo Ruy (Sá), a gente ia muito aos campeonatos. Lá inclusive no campo da Vilita, que era da CHESF, eu já torcia pelo Independente.
Assis Ramalho: E em relação a times pelo Brasil, Dr. Marcos torce para qual clube?
Dr. Marcos: Eu sou rubro-negro.
Assis Ramalho: Do Rio?
Dr. Marcos: Não. Eu sou Sport.
Da redação do Blog de Assis Ramalho
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