Foto: CBHSF (divulgação) |
Além de membros do Comitê, participaram da discussão representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf, Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Alagoas, Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Sergipe, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Universidade Federal da Bahia – UFBA e Sociedade Civil Canoa de Tolda.
Para ler a matéria na íntegra, clique em "mais informações", abaixo.
A professora Yvonilde Medeiros, da UFBA, expôs a metodologia que vem sendo desenvolvida visando o estabelecimento de uma vazão ambiental para o baixo curso do rio São Francisco, capaz de conciliar os interesses econômicos e os interesses ambientais relacionados com o uso da água do rio. Por abrigar usinas hidrelétricas no seu curso, o rio São Francisco está sujeito à interferência não somente das vazões naturais, como também das vazões determinadas pelas manobras operatórias nos reservatórios.
Com base em estudos hidrológicos e consultas aos usuários da água, o trabalho propôs dois hidrogramas (para o ano normal e para o ano seco), que estão sendo analisados pelos diversos atores sociais envolvidos, a fim de dimensionar os possíveis impactos.
Os estudos se desenvolvem no âmbito da rede Hidroeco, que sob a coordenação da UFRJ reúne pesquisadores da UFBA, Universidade Federal do Recôncavo – UFRB, Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP, Universidade Estadual Paulista – Unesp e Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
Vazão ambiental
O trabalho que a rede desenvolve sobre o São Francisco, a partir da UFBA, adota o conceito de vazão ambiental, que se diferencia do conceito de vazão mínima. Esta se fundamenta principalmente em estudos hidrológicos e bases estatísticas, enquanto a vazão ambiental considera igualmente a necessidade de preservação das condições de vida do ecossistema aquático e das comunidades ribeirinhas.
A metodologia para a fixação de uma vazão ambiental no Baixo São Francisco se inspirou em trabalho semelhante desenvolvido na África do Sul para a construção de barragens, e já está sendo utilizada na barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia, para a vazão incidente no trecho do rio Paraguaçu compreendido entre o estuário e a baía do Iguape.
Durante a apresentação, Yvonilde Medeiros destacou o caráter político da decisão que se coloca para a sociedade em relação à vazão do rio São Francisco: “É certo que precisamos da natureza, mas também precisamos decidir sobre o que queremos da natureza. O processo de avaliação requer uma decisão consciente e equilibrada do ser humano sobre os recursos naturais. Essa é uma decisão da sociedade”, afirmou.
O GTOSF foi criado pelo Comitê do São Francisco em maio de 2008, para acompanhar a operação hidráulica na bacia. Desde então, o grupo de trabalho já se reuniu oito vezes para analisar, discutir e propor encaminhamentos para as questões relacionadas com os riscos e benefícios envolvidos no uso múltiplo da água do rio, voltado ao atendimento das necessidades humanas e à preservação dos ecossistemas.
Da redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Assessoria de Comunicação CHBSF
A professora Yvonilde Medeiros, da UFBA, expôs a metodologia que vem sendo desenvolvida visando o estabelecimento de uma vazão ambiental para o baixo curso do rio São Francisco, capaz de conciliar os interesses econômicos e os interesses ambientais relacionados com o uso da água do rio. Por abrigar usinas hidrelétricas no seu curso, o rio São Francisco está sujeito à interferência não somente das vazões naturais, como também das vazões determinadas pelas manobras operatórias nos reservatórios.
Com base em estudos hidrológicos e consultas aos usuários da água, o trabalho propôs dois hidrogramas (para o ano normal e para o ano seco), que estão sendo analisados pelos diversos atores sociais envolvidos, a fim de dimensionar os possíveis impactos.
Os estudos se desenvolvem no âmbito da rede Hidroeco, que sob a coordenação da UFRJ reúne pesquisadores da UFBA, Universidade Federal do Recôncavo – UFRB, Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP, Universidade Estadual Paulista – Unesp e Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
Vazão ambiental
O trabalho que a rede desenvolve sobre o São Francisco, a partir da UFBA, adota o conceito de vazão ambiental, que se diferencia do conceito de vazão mínima. Esta se fundamenta principalmente em estudos hidrológicos e bases estatísticas, enquanto a vazão ambiental considera igualmente a necessidade de preservação das condições de vida do ecossistema aquático e das comunidades ribeirinhas.
A metodologia para a fixação de uma vazão ambiental no Baixo São Francisco se inspirou em trabalho semelhante desenvolvido na África do Sul para a construção de barragens, e já está sendo utilizada na barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia, para a vazão incidente no trecho do rio Paraguaçu compreendido entre o estuário e a baía do Iguape.
Durante a apresentação, Yvonilde Medeiros destacou o caráter político da decisão que se coloca para a sociedade em relação à vazão do rio São Francisco: “É certo que precisamos da natureza, mas também precisamos decidir sobre o que queremos da natureza. O processo de avaliação requer uma decisão consciente e equilibrada do ser humano sobre os recursos naturais. Essa é uma decisão da sociedade”, afirmou.
O GTOSF foi criado pelo Comitê do São Francisco em maio de 2008, para acompanhar a operação hidráulica na bacia. Desde então, o grupo de trabalho já se reuniu oito vezes para analisar, discutir e propor encaminhamentos para as questões relacionadas com os riscos e benefícios envolvidos no uso múltiplo da água do rio, voltado ao atendimento das necessidades humanas e à preservação dos ecossistemas.
Da redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Assessoria de Comunicação CHBSF
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