terça-feira, setembro 25, 2012

Extinção do rio São Francisco é prevista em livro escrito por 100 especialistas

É equivalente a dar oito voltas na Terra — ou a andar 344 mil quilômetros — a distância percorrida por pesquisadores durante 212 expedições ao longo e no entorno do Rio São Francisco, entre julho de 2008 e abril de 2012. O trabalho mapeia a flora do entorno do Velho Chico enquanto ocorrem as obras de transposição de suas águas, que deverão trazer profundas mudanças na paisagem. Mais do que fazer relatórios exigidos pelos órgãos ambientais que licenciam a obra, o professor José Alves Siqueira, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, Pernambuco, reuniu cem especialistas e publicou o livro “Flora das caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação” (Andrea Jakobsson Estúdio). A obra foi lançada em Recife este mês.

Em 556 páginas e quase três quilos de textos, mapas e muitas fotos, a publicação é o mais completo retrato da Caatinga, único bioma exclusivo do Brasil e extremamente ameaçado. O título do primeiro dos 13 capítulos, assinado por Siqueira, é um alerta: “A extinção inexorável do Rio São Francisco”.


Da redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: O Globo

2 comentários:

  1. Deixo, no poema a seguir, minha crítica a esta barbaridade:

    QUERO CORRER EM MEU LEITO (T4015243)


    QUERO CORRER EM MEU LEITO

    Desço lento, desço manso,
    Pela serra da Canastra.
    Depois aumento o volume,
    Sobre as pedras me derramo
    E sou chamado de cascata.
    Continuo meu percurso
    Banhando várias cidades.
    Até aí, tudo bem:
    Isso é comum entre os rios
    Com igual capacidade.
    Sei que simbolizo “vida”,
    Mas rumores se espalharam...
    Querem mudar o meu curso
    E se quer, me perguntaram.
    Sem escrúpulos: nem pensaram,
    Que eu me recuso a correr
    Num leito estranho e seguir
    Sem ver as mesmas paisagens.
    Andando em terras estranhas
    Cercado por outras margens.
    Os homens enlouqueceram!
    Querem fazer outro rio
    Descaracterizando
    Minha naturalidade:
    Eu morrerei de tristeza!...
    E os que muito me amaram
    Nas minhas terras de origem
    Irão sentir minha falta.
    Jamais eu serei o mesmo!
    E as chuvas quando chegarem
    Vão invadir outros campos
    E certamente arrastarem
    Muitos pertences dos homens
    Respondendo à grosseria
    E insensibilidade.
    Quem me fez tem o poder
    De nunca mais permitir
    Que eu desempenhe as funções
    Por Ele determinadas.
    E aí os homens verão
    Que extrapolaram os limites
    Das suas atrocidades.




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