A reunião aconteceu depois da caminhada que os manifestantes fizeram, durante a tarde, saindo da Praça Oswaldo Cruz, em direção ao Palácio, passando pela Avenida Conde da Boa Vista. A Polícia Militar acompanhou toda a manifestação, que foi pacífica.
Alguns pontos da pauta de reivindicação que a comissão do MAB entregou ao governo dizem respeito à renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica que vencem em 2015; à criação de uma política nacional de tratamento para as famílias atingidas por barragens, através de um órgão específico para aplicar essa política; ao cancelamento da construção da usina Belo Monte (PA); e à suspensão do processo de transposição do Rio São Francisco.
O MAB também pede a intermediação do governo estadual em relação aos problemas ambientais e sociais nos estados de atuação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que são Pernambuco, Paraíba, Ceará, Bahia, Piauí e Maranhão, e a redução imediata das tarifas de energia elétrica.
A pauta traz ainda outras questões sobre energia elétrica, reassentamento de famílias, geração de emprego e renda e política de moradia. A mobilização é nacional. "Queremos discutir a política energética do Brasil e que o governo e as empresas responsáveis cumpram com o compromisso de dar condições de vida mais dignas para as famílias atingidas por barragens. Estamos aqui no Palácio para pressionar o Estado a usar sua influência a favor da nossa causa", disse Osvaldo Silva, integrante da coordenação nacional do MAB.
De acordo com a assessoria de comunicação da Casa Civil, o secretário-executivo se comprometeu a fazer encaminhamentos, no que diz respeito às questões da pauta que estão ao alcance do governo do estado, tentando facilitar alguns assuntos através das secretarias setoriais. Num prazo de 15 dias, os encontros entre os representantes das pastas e os integrantes do MAB devem ser marcadas. Além disso, Marcelo Canuto também vai verificar de que maneira as políticas já desenvolvidas pelo governo do estado podem ser estendidas para atender essas reivindicações.
"O secretário se sensibilizou e assumiu a responsabilidade de articular as diferentes secretarias que possam encaminhar essa reivindicações complexas", disse José Josivaldo de Oliveira, também coordenador do MAB. Ele informou ainda que o acampamento na sede da Chesf, no bairro do Bongi, continua. Uma nova avaliação do movimento deve ser feita nesta quinta-feira (15).
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