segunda-feira, março 05, 2012

Cerca de 700 trabalhadores do reassentamento de Itaparica, neste momento fazem manifestação na Sede da Codevasf em Petrolina


 
Dezenas de trabalhadores rurais estão, neste momento, realizando uma manifestação na sede da Codevasf, em Petrolina. O protesto tem muitas reivindicações, e possui representantes de diferentes projetos, entre eles o Perímetro irrigado de Itaparicara, onde os moradores cobram as promessas não cumpridas por parte da Codevasf e Chesf. O Blog de Assis Ramalho acabou de entrar em contato por telefone com Eraldo, que é diretor de política agrária e meio ambiente da FETAPE. Ele afirmou que o movimento não tem hora nem dia para acabar. ''Nós invadimos a sede da Codevasf hoje (05) por volta das 3 horas da manhã. A entrada foi pacífica, e neste momento cerca de 700 trabalhadores estão apossados no interior da sede. Estamos aguardando representantes da Codevasf e do Governo para as devidas negociações, e não temos hora nem dia pra sair daqui. Só sairemos depois de negociarmos os nossos direitos", disse o diretor da Fetape por telefone ao Blog.

Eraldo também informou que outras lideranças da região de Itaparica estão neste movimento em Petrolina, entre eles, o Presidente do Sindicato de Petrolândia, Vicente Coelho, o Sindicalista Osvaldo Xavier, assim como o Vereador de Petrolândia José Luiz (Zé Pezão).

Mais detalhes a qualquer momento aqui neste Blog.

Um comentário:

  1. GOVERNO E CHESF-CODEVASF precisam cumprir o prometido. Eles estão todos na vida boa, e como sempre esquecem do trabalhador quer precisa de terra pra plantar e colher... É a vida deles e de vossas famílias!!! Deixaram tudo em nome de um tal progresso. O progresso veio, mas e a vida do pequeno trabalhador rural sem chão, sem terra pra plantar, e ter o seu sustento? Deixaram de mão, pensando que um dia iriam esquecer. Mas graças aos homens de bem que sempre lutam pelos seus direitos, assim como um dia fizeram com a construção da barragem estão apenas correndo atraz dos seus direitos. Estão apenas reividicando aquilo que um dia foi prometido e que até hoje não se cumpriu. Ai vem a Chesf querendo "pagar" em dinheiro. Dinheiro não serve! Um dia acaba. Devolvam a terra a esse povo, deem o que é justo, já que um dia vcs tomaram deles.
    Parabaréns líderes! Vicente Coelho, Eraldo, Zé Pezão e demais, vocês só estão lutando para garantir o que de vocês, o que é do mais necessitado. Se não fosse vocês, talvez não existissem as agrovilas, as comunidades rurais... Lutem, lutem e lutem!!!!!!!!!!!!!!!


    Para entender

    A área inundada pela usina, o lago de Itaparica, que se estende por 150 km e cobre uma superfície de 83.400 hectares dos estados da Bahia e de Pernambuco, resultou no reassentamento de Itaparica, a fim de compensar o impacto causado sobre, aproximadamente, 10,5 mil famílias que moravam na localidade, das quais 4,6 mil (cerca de 21 mil pessoas) na zona urbana e 5,9 mil (cerca de 19 mil pessoas) na área rural, entre essas 200 famílias indígenas da tribo Tuxá.

    Desde o início da criação do reassentamento de Itaparica, em 1987, ficou definido pelo governo federal que, após a implantação dos projetos de irrigação, a empresa pública que assumiria o controle e o acompanhamento de suas operacionalizações seria a Codevasf. Isso foi decidido em função da empresa ser órgão do governo que atua no desenvolvimento da região, e por ter foco e experiência na implantação e administração em Perímetros Públicos de Irrigação.

    Pela mesma razão, a participação da Codevasf na administração, operação e manutenção dos perímetros irrigados de Itaparica, após as suas construções e implantações, foi uma exigência do Banco Mundial para a liberação dos financiamentos e prontamente atendida, na época, pelo Ministro Extraordinário da Irrigação.

    O primeiro convênio foi assinado em 1990. Nele, coube à Codevasf assumir a operação e manutenção da infraestrutura de irrigação e drenagem, como forma de apoio ao convênio. A Chesf, por sua vez, ficou responsável por garantir o suporte econômico-financeiro ao convênio, transferindo todos os recursos necessários para a execução das ações previstas. De lá para cá, foram três convênios. No entanto, em um Plano de Mobilização dos Reassentados/as, há relatos de situações de precariedade em torno da infraestrutura de assistência técnica e extensão rural, irrigação, serviços de operação e manutenção, dentre outros.

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