Dezenas de trabalhadores rurais estão, neste momento, realizando uma manifestação na sede da Codevasf, em Petrolina. O protesto tem muitas reivindicações, e possui representantes de diferentes projetos, entre eles o Perímetro irrigado de Itaparicara, onde os moradores cobram as promessas não cumpridas por parte da Codevasf e Chesf. O Blog de Assis Ramalho acabou de entrar em contato por telefone com Eraldo, que é diretor de política agrária e meio ambiente da FETAPE. Ele afirmou que o movimento não tem hora nem dia para acabar. ''Nós invadimos a sede da Codevasf hoje (05) por volta das 3 horas da manhã. A entrada foi pacífica, e neste momento cerca de 700 trabalhadores estão apossados no interior da sede. Estamos aguardando representantes da Codevasf e do Governo para as devidas negociações, e não temos hora nem dia pra sair daqui. Só sairemos depois de negociarmos os nossos direitos", disse o diretor da Fetape por telefone ao Blog.
Eraldo também informou que outras lideranças da região de Itaparica estão neste movimento em Petrolina, entre eles, o Presidente do Sindicato de Petrolândia, Vicente Coelho, o Sindicalista Osvaldo Xavier, assim como o Vereador de Petrolândia José Luiz (Zé Pezão).
Eraldo também informou que outras lideranças da região de Itaparica estão neste movimento em Petrolina, entre eles, o Presidente do Sindicato de Petrolândia, Vicente Coelho, o Sindicalista Osvaldo Xavier, assim como o Vereador de Petrolândia José Luiz (Zé Pezão).
Mais detalhes a qualquer momento aqui neste Blog.
GOVERNO E CHESF-CODEVASF precisam cumprir o prometido. Eles estão todos na vida boa, e como sempre esquecem do trabalhador quer precisa de terra pra plantar e colher... É a vida deles e de vossas famílias!!! Deixaram tudo em nome de um tal progresso. O progresso veio, mas e a vida do pequeno trabalhador rural sem chão, sem terra pra plantar, e ter o seu sustento? Deixaram de mão, pensando que um dia iriam esquecer. Mas graças aos homens de bem que sempre lutam pelos seus direitos, assim como um dia fizeram com a construção da barragem estão apenas correndo atraz dos seus direitos. Estão apenas reividicando aquilo que um dia foi prometido e que até hoje não se cumpriu. Ai vem a Chesf querendo "pagar" em dinheiro. Dinheiro não serve! Um dia acaba. Devolvam a terra a esse povo, deem o que é justo, já que um dia vcs tomaram deles.
ResponderExcluirParabaréns líderes! Vicente Coelho, Eraldo, Zé Pezão e demais, vocês só estão lutando para garantir o que de vocês, o que é do mais necessitado. Se não fosse vocês, talvez não existissem as agrovilas, as comunidades rurais... Lutem, lutem e lutem!!!!!!!!!!!!!!!
Para entender
A área inundada pela usina, o lago de Itaparica, que se estende por 150 km e cobre uma superfície de 83.400 hectares dos estados da Bahia e de Pernambuco, resultou no reassentamento de Itaparica, a fim de compensar o impacto causado sobre, aproximadamente, 10,5 mil famílias que moravam na localidade, das quais 4,6 mil (cerca de 21 mil pessoas) na zona urbana e 5,9 mil (cerca de 19 mil pessoas) na área rural, entre essas 200 famílias indígenas da tribo Tuxá.
Desde o início da criação do reassentamento de Itaparica, em 1987, ficou definido pelo governo federal que, após a implantação dos projetos de irrigação, a empresa pública que assumiria o controle e o acompanhamento de suas operacionalizações seria a Codevasf. Isso foi decidido em função da empresa ser órgão do governo que atua no desenvolvimento da região, e por ter foco e experiência na implantação e administração em Perímetros Públicos de Irrigação.
Pela mesma razão, a participação da Codevasf na administração, operação e manutenção dos perímetros irrigados de Itaparica, após as suas construções e implantações, foi uma exigência do Banco Mundial para a liberação dos financiamentos e prontamente atendida, na época, pelo Ministro Extraordinário da Irrigação.
O primeiro convênio foi assinado em 1990. Nele, coube à Codevasf assumir a operação e manutenção da infraestrutura de irrigação e drenagem, como forma de apoio ao convênio. A Chesf, por sua vez, ficou responsável por garantir o suporte econômico-financeiro ao convênio, transferindo todos os recursos necessários para a execução das ações previstas. De lá para cá, foram três convênios. No entanto, em um Plano de Mobilização dos Reassentados/as, há relatos de situações de precariedade em torno da infraestrutura de assistência técnica e extensão rural, irrigação, serviços de operação e manutenção, dentre outros.