segunda-feira, março 26, 2012

Agricultura familiar foi tema de encontro no Recife com representantes de Petrolândia


No Ceasa, galpão do Pronaf reúne 50% da produção de Pernambuco. Ideia do governo estadual é abrir dois novos galpões no interior. José Edson da Silva, esteve presente junto com outros 15 produtores familiares da Cidade de Petrolândia. Uma das principais discussões do encontro foi o uso de produção Agrícola familiar na merenda escolar. Lei federal determina que a merenda das escolas deve ter pelo menos 30% dos alimentos vindos da agricultura familiar

A agricultura familiar foi o tema central de um fórum que aconteceu no Recife e reuniu gestores públicos, associações e cooperativas de produtores dos estados do Nordeste, Centro-Oeste e Norte de Minas Gerais. O evento teve início na quarta, e o encerramento na sexta-feira(23), no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina.

Uma das principais discussões dos três dias de encontro foi sobre o uso da produção agrícola familiar na merenda escolar. Uma lei federal, de 2009, determina que a merenda das escolas deve ter pelo menos 30% dos alimentos vindos da agricultura familiar. O Ministério de Desenvolvimento Agrário diz que desde 2010 a lei entrou em prática e a compra direta aos pequenos agricultores só faz aumentar. "Esse valor total no país chega a um bilhão de reais. Nós estamos, a cada ano, em alguns municípios, como aqui no estado de Pernambuco, saindo de R$ 3,3 milhões para R$ 19 milhões que eram comprados da agricultura familiar apenas pelo Estado. A gente acredita que esse ano vai ser um recorde", afirma Arnoldo de Campos, diretor de Geração de Renda do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Na Central de Abastecimento do Recife (Ceasa), o "Galpão do Pronaf" é destinado a pequenos produtores que praticam a agricultura familiar. São quase quinhentos inscritos. "O preço é melhor e o produto é de qualidade", diz o defensor público José Francisco Nunes, cliente assíduo. Hoje, 50% de tudo o que é produzido por famílias de agricultores de Pernambuco é comercializado no local.
José Edson da Silva, de Petrolândia, no Sertão, esteve no encontro junto com outros quinze produtores familiares da cidade. Eles formaram uma associação. "Quando a gente faz uso do coletivo vai conseguir disputar também com o grande. Sozinho a gente não vai muito longe", afirma. As despesas, inclusive de transporte, são divididas entre eles. "A gente faz uma divisão de acordo com a mercadoria de cada um e com isso fica bem mais barato que trazer a mercadoria sozinho", explica.

"Serão inauguradas nos próximos meses em Pesqueira e em Cruzeiro do Nordeste duas centrais da agricultura familiar para favorecer o mercado local, as padarias, os hotéis e ampliar o turismo, interiorizando os alimentos saudáveis", explica Aldo Santos, secretário executivo da Agricultura Familiar.


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